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Hipoglicemia na escola

Texto publicado em 16/05/11, na coluna do Dr. Rafael Mantovani, na página da Sociedade Brasileira de Diabetes (www.diabetes.org.br).

Drª Adriana Beletato S. Balancieri*

Hipoglicemia é a complicação aguda mais comum do diabetes tipo 1. Certamente é uma situação de grande preocupação dos pais e também entre os professores que permanecem diversas horas por dia com crianças e adolescentes diabéticos.

Segundo a Associação Americana de Diabetes, a hipoglicemia é caracterizada  pelos níveis de glicose no sangue abaixo de 70 mg/dL. Ela geralmente ocorre por excesso de insulina administrada, pela redução na alimentação ou ainda pelo aumento do gasto energético, como nas atividades físicas.

A escola é um local onde as crianças geralmente brincam no momento do intervalo, praticam atividades esportivas e, muitas vezes, deixam de comer adequadamente para brincar com os colegas. Desta forma, é um ambiente no qual é comum a ocorrência de episódios de hipoglicemia, porque gastam muita energia (glicose) sem ingerir a quantidade necessária para manter o equilíbrio do organismo.

Assim, é importante que as crianças maiores, adolescentes e professores saibam reconhecer os sintomas da hipoglicemia, para que o tratamento seja realizado em tempo hábil e corretamente (quadro 1).

Segue abaixo uma sugestão de tratamento, mas cabe lembrar que é sempre importante seguir as orientações do médico do paciente.Sempre que uma criança ou adolescente apresentar os sintomas acima, o diagnóstico de hipoglicemia é muito provável. Quando possível, medir a glicemia capilar e, se ela for menor que 70 mg/dL, isso comprova o diagnóstico. Nos casos em que não há possibilidade de se realizar o teste, os sintomas clínicos acima são suficientes para confirmar a hipoglicemia e deve-se instituir o tratamento.

Tratamento da hipoglicemia na escola

  • Deixar a criança em repouso.
  • Oferecer algum alimento/líquido com açúcar (15 a 20 gramas de carboidrato) tipo:
    • 150 ml de refrigerante normal;
    • 150 ml de água com uma colher de sopa de açúcar;
    • 1 sachê de açúcar (glicose – 15 g);
    • 2 a 3 balas tipo caramelo que a criança deve chupar rapidamente.
  • Após 15 minutos, se possível, repetir a glicemia capilar. Se a glicemia ainda estiver menor de 70 mg/dL, ou nos casos em que não há como se realizar o teste e a criança não apresentar melhora clínica, então é necessário repetir a correção de açúcar exemplificado no item 2.
    Entretanto, se a glicemia estiver maior que 70 mg/dL ou se clinicamente a criança ou adolescente já estiverem com recuperação dos sintomas, seguir para o item 4.
  • Após a recuperação, é importante oferecer um lanche (15-20 gramas de carboidrato) para manter a glicemia estável e sem riscos para um novo episódio de hipoglicemia.
  • Exemplos:
    • bolacha salgada (4-6 unidades);
    • barra de cereal;
    • lanche com pão, queijo ou presunto;
    • uma fruta (ex: maçã média).
  • Se houver boa recuperação, encaminhar a criança de volta às atividades escolares. É sempre importante avisar aos pais sobre o ocorrido.

Durante uma crise de hipoglicemia, orienta-se não oferecer chocolate nem leite, pois esses alimentos contém gordura que dificultam a absorção do açúcar, podendo retardar a recuperação da criança.

Caso a criança apresente uma hipoglicemia grave, ela pode ficar confusa e até desmaiar. Nessa situação, colocar um pouco de açúcar ou mel na parte interna da boca, massagear a gengiva e encaminhar a um serviço médico. É importante não forçar a criança a comer ou beber, pois quando uma pessoa está inconsciente o alimento pode ser aspirado para os pulmões, uma situação muito grave.

Apesar do detalhamento do manejo das crises potencialmente graves, felizmente o quadro de hipoglicemia mais comum nos pacientes diabéticos é leve, com poucos sintomas e que respondem rapidamente ao tratamento quando corrigidas em momento oportuno e, dessa forma, não evoluem para hipoglicemias graves.

Em resumo, hipoglicemia na escola é uma situação frequente entre os diabéticos tipo 1. É importante o professor saber reconhecer os sintomas e iniciar o tratamento para evitar uma hipoglicemia grave.

*Drª Adriana Beletato S. Balancieri é médica Pediatra, especialista em Endocrinologia Pediátrica. Professora do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá e Integrante do Centro de Diabetes de Maringá – Paraná. Escreve o blog EndoPed.

Fonte: Clínica Mon petit

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